
Para meu uso pessoal, o que sustenta a ide4ia de "feminismo" é uma dúvida: se o sexo condiciona a condição humana. Esta dúvida não nos vem da tradição, por isso existe o feminismo. O feminismo não é todo o momento em que mulheres obtém poder (político, se tornam, juntam ou engrossam a "maioria"). É o momento em que se duvida da tradição.
A dúvida tem essa característica. A dúvida não é O desmentido, a dúvida engloba o desmentido, e o seu contrário, uma variedade de possíveis que se quer por à prova (se não sabe, porque é que pergunta? Só se pergunta o que se já sabe_mas não se tem a certeza). A duvida cria a realidade, por vezes dolorosamente inalcançável.
Daí que seja "a questão das mulheres" e não "a pergunta das mulheres". À pergunta "o sexo condiciona a condição humana?", se há uma contracção de condições, há uma tradição de respostas afirmativas, maioritária. Instaurar uma dúvida na tradição, umas vezes autoritariamente (instalar condições políticas, apesar da ausencia de "certezas"), outras como discurso filosofico....
(*)PUTO-grafia, _não é isto.
bemvinda de volta ao reino das frangas.
ResponderEliminarAproveitei a sugestão e dei uma espreitadela aos teus desenhos. Pus-me prá'qui a pensar e cheguei á conclusão que os teus desenhos despertam uma espécie de familiaridade que tenho a sensação de que não devia existir...ou que não a devia sentir. Por isso atraem tanto.
Ó maria, desculpa! Um comentário tão precioso e só agora (24 de julho) o li!
ResponderEliminarSe compreendi correctamente o que tu compreendeste, penso que tem a ver com a minha noção de radical.
Radical é voltar para trás, não cronologicamente, mas de volta ao que poderá ser a razão de existencia, ou aparecimento (e manutenção), de uma ideia. Pelo menos é nisso que penso quando os faço.
Beijinhos