sábado, 15 de maio de 2010

domingo, 27 de setembro de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

franganista salva o mundo

O olhar do FrangO I



Doggy style

Eis que o medo me desce pelo esterno e fica lá ao fundo das costelas mas eu me imponho. Endireito as costas.
_Não te permito que me sigas.
Oh, ela tem razão de estar indignada. Queria ver como sorria, como se mexia, como tratava o ministro 13, queria ver se o tratava como a mim, queria ver como o tratava ele a ela. Queria saber tudo. Não tenho razão, no entanto tenho.
_Não estás em condições de me permitir.
Resposta estúpida. Ela vai me deixar.
_Não vou deixar o V.A.P. por tua causa.
_Vais-me ter pela frente.
_Sai do meu caminho.
Como é que eu me meto nestas coisas?
_Não te quero prejudicar.
_Queres me seguir. Isso prejudica-me.
_Quero estar contigo. Nunca te vejo.
_És uma menina mimada.
Pose! Não consigo engendrar uma resposta a tempo. Pelo menos uma que não seja estúpida e arrog....
_Não me confias. Não te confias a mim. Não. Sabes.
E disse isto como se soletrasse. Acabei por me sentir incomodada com a impassividade dela a lavar uns pratos que ficaram de ontém, talvez a ganhar tempo. Pegou a roupa e saíu.
Talvez que cada um tenha que fazer a medida, que em morrendo se saiba o que quer dizer demasiado. Demasiada vida. Ou de-menos. Demasiados gatos, demasiadas pessoas. Um ajuntamento altera os comportamentos, mas com que garantia digo demasiadas se cada qual está alimentado e em saúde? Demasiados para quê?
Os gatos, por exemplo, quando são poucos procuram a compania das pessoas. Depois deixam de o fazer. Alguém faz amor e de repente tem um gato sentado nas costas. Isto é quando há poucos gatos (e pouco movimento). E o gato fica-se ali, em todo o caso três não são uma multidão porque o gato não conta como pessoa mas, estranhamente, o seu olhar conta porque se põem muito atentos. Quando estão distraídos não faz mal, mas quando se põem a olhar contam.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009